UNIDADE 1 - ROTEIRO DE ESTUDO

  Nessa unidade você irá estudar:

  • Literatura ; a arte da palavra

  • O texto literário

  • Gramática

 

 O que é Literatura?

  Assim como a música, a pintura e a dança, a Literatura é considerada uma arte. Através dela temos contato com um conjunto de experiências vividas pelo homem sem que seja preciso vivê-las.

  A Literatura é um instrumento de comunicação, pois transmite os conhecimentos e a cultura de uma comunidade. O texto literário nos permite identificar as marcas do momento em que foi escrito.

 As obras literárias nos ajudam a compreender sobre nós mesmos e sobre as mudanças do comportamento do homem ao longo dos séculos; e,  a partir dos exemplos, ajudam-nos a refletir sobre nós mesmos.

   O texto literário apresenta:

 -Ficcionalidade: os textos não fazem, necessariamente, parte da realidade.

 - Função estética: o artista procura representar a realidade a partir da sua visão.

 - Plurissignificação: nos textos literários as palavras assumem diferentes significados.

- Subjetividade: expressão pessoal de experiências, emoções e sentimentos.

 As obras literárias são divididas em escolas literárias, pois cada obra apresenta um estilo de época, ou seja, um conjunto de características  formais e de seleção de conteúdo evidente na obra de escritores e poetas que viveram em um mesmo momento.


 Fonte: https://www.mundoeducacao.com/literatura/o-que-literatura.htm

Funções da Literatura

     Para que serve a arte? Para que serve a literatura?

     As respostas a essas perguntas variam com o tempo e com as pessoas. Evidentemente, a função de uma obra literária depende dos objetivos e das intenções do autor. Mas os leitores também têm maneiras diferentes de ler e são levados a abrir um livro por motivos diferentes. Alguns buscam na literatura apenas divertimento sem grandes consequências para a vida; outros, um instrumento de transformação e de aperfeiçoamento. Uns consideram a obra literária apenas um artefato estético, criado para a contemplação da beleza; já outros, esperam que seja um veículo de análise e de crítica em relação à sociedade e à vida.

- A obra literária pode ser instrumento de fuga da realidade. Qualquer leitura que se faz como distração possui essa mesma função evasiva.

- Certas épocas literárias são marcadas pela importância que os autores atribuem à perfeição formal de suas obras. Os temas passam para um segundo plano, só interessando a beleza estética. Quando isso ocorre, a literatura pode alienar-se da realidade. É o que chamamos de arte pela arte.

- O oposto da arte pela arte é a literatura engajada, de autores comprometidos com a defesa de ideias políticas, filosóficas ou religiosas.

Gêneros literários

  Gênero literário é uma categoria de composição literária. A classificação das obras literárias pode ser feita de acordo com critérios semânticos, sintáticos, fonológicos, formais, contextuais e outros. A distinções entre os gêneros e categorias são flexíveis, muitas vezes com subgrupos.

Na história, houve várias classificações de gêneros literários, de modo que não se pode determinar uma categorização de todas as obras seguindo uma abordagem comum. A divisão clássica é, desde a Antiguidade, em três grupos: narrativo ou épico, lírico e dramático. Essa divisão partiu dos filosóficos da Grécia antiga, Platão e Aristóteles, quando iniciaram estudos para o questionamento daquilo que representaria o literário e como essa representação seria produzida.1 Essas três classificações básicas fixadas pela tradição englobam inúmeras categorias menores, comumente denominadas subgêneros.

 

  O gênero lírico se faz, na maioria das vezes, em versos e explora a musicalidade das palavras. É importante ressaltar que o gênero lírico trabalha bastante com as emoções, explorando os sentimentos. Entretanto, os outros dois gêneros — o narrativo e o dramático — também podem ser escritos nessa forma, embora modernamente prefira-se a prosa.

 

Todas as modalidades literárias são influenciadas pelas personagens, pelo espaço e pelo tempo. Todos os gêneros podem ser não-ficcionais ou ficcionais. Os não-ficcionais baseiam-se na realidade, e os ficcionais inventam um mundo, onde os acontecimentos ocorrem coerentemente com o que se passa no enredo da história.1

 

  O texto épico relata fatos históricos realizados pelos seres humanos no passado, é relatar um enredo, sendo ele imaginário ou não, situado em tempo e lugar determinados, envolvendo uma ou mais personagens, e assim o faz de diversas formas.

 

As narrativas utilizam-se de diferentes linguagens: a verbal (oral ou escrita), a visual (por meio da imagem), a gestual (por meio de gestos), além de outras.

Quanto à estrutura, ao conteúdo e à extensão, pode-se classificar as obras narrativas em romances, contos, novelas, poemas, crônicas, fábulas e ensaios. Quanto à temática, às narrativas podem ser histórias policiais, de amor, de ficção e etc.

Todo texto que traz foco narrativo, enredo, personagens, tempo e espaço, conflito, clímax e desfecho é classificado como narrativo.

  O gênero dramático

A palavra “drama” vem do grego e significa “ação”, logo, é um acontecimento ou situação com intensidade emocional, a qual pode ser representada. No sentido literário, falar de drama é falar de teatro. Este gênero começou com a encenação em cultos a divindades gregas. A princípio os gregos abordavam apenas dois tipos de peças teatrais: a tragédia e a comédia.

Neste estilo literário o narrador conta a história enquanto os atores encenam e dialogam através das personagens. Quanto aos estilos literários, esta modalidade literária compreende:

 Tragédia: representação de um fato trágico que causa catarse a quem assiste, ou seja, provoca alívio emocional da audiência.

 Comédia: representação de um fato cômico, que causa riso.

 Tragicomédia: é a mistura de elementos trágicos e cômicos.

 Farsa: peça teatral de caráter puramente caricatural, de crítica à sociedade, porém, sem preocupação de questionamento de valores.

 

Obra narrativa

O termo “narrar” vem do latim “narrativo” e quer dizer o ato de narrar acontecimentos reais ou fictícios. Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos anos surgiu dentro do gênero épico a variante: gênero narrativo, a qual apresentou concepções de prosa com características diferentes, o que fez com que surgissem divisões de outros gêneros literários dentro do estilo narrativo: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. Porém, praticamente todas as obras narrativas possuem elementos estruturais e estilísticos em comum e devem responder a questionamentos, como: quem?, que? quando? onde? por quê? Vejamos a seguir:

 Narrador: é o que narra a história, pode ser onisciente (terceira pessoa, observador, tem conhecimento da história e das personagens, observa e conta o que está acontecendo ou aconteceu) ou personagem (em primeira pessoa; narra e participa da história e, contudo, narra os fatos à medida em que acontecem, não pode prever o que acontecerá com as demais personagens).

 Tempo: é um determinado momento em que as personagens vivenciam as as experiências e ações. Pode ser cronológico (um dia, um mês, dois anos) ou psicológico (memória de quem narra - flash-back feito pelo narrador).

 Espaço: lugar onde as ações acontecem e se desenvolvem.

 Enredo: é a trama, o que está envolvido na trama que precisa ser resolvido, e a sua resolução, ou seja, todo enredo tem início, desenvolvimento, clímax e desfecho.

 Personagens: através das personagens, seres fictícios da trama, encadeiam-se os fatos que geram os conflitos e ações. À personagem principal dá-se o nome de protagonista e pode ser uma pessoa, animal ou objeto inanimado, como nas fábulas.
O que vimos foram os recursos que os estilos narrativos têm em comum, agora vejamos cada um deles e suas características separadamente:

 Romance: é uma narrativa longa, geralmente dividida em capítulos, possui personagens variadas em torno das quais acontece a história principal e também histórias paralelas a essa, pode apresentar espaço e tempo variados.

 Novela: é um módulo mais compilado do romance e também mais dinâmico, é dividida em episódios, são contínuos e não têm interrupções.

 Conto: é uma narrativa curta que gira em torno de um só conflito, com poucos personagens.

Denotação e Conotação

Denotação de um termo é o objeto ao qual o mesmo se refere.

É o emprego de palavras no seu sentido próprio, comum, habitual, preciso, aquele que consta nos dicionários. A linguagem denotativa é basicamente informativa, ou seja, não produz emoção ao leitor. É informação bruta com o único objetivo de informar. É a forma de linguagem que lemos em jornais, bulas de remédios, em um manual de instruções etc.

Quando o emissor busca objetividade de expressão da mensagem, utiliza a linguagem denotativa, com função referencial. As palavras são empregadas em seu significação (usual, literal, real), referindo-se a uma realidade concreta ou imaginária.

A denotação é encontrada em textos de natureza informativa, como textos jornalísticos ou científicos, visto que o emissor busca informar objetivamente o receptor.

 

Linguagem conotativa

Conotação é o emprego de uma palavra tomada em um sentido incomum, figurado, circunstancial, que depende sempre do contexto. Muitas vezes é um sentido poético, fazendo comparações.

Exemplos de conotação: Os provérbios ou ditos populares são exemplos da linguagem de uso conotativo.

"Quem está na chuva é para se molhar" seria o mesmo que: "Quando alguém opta por uma determinada experiência, deve assumir todas as regras e consequências decorrentes dessa experiência"."

 

"Em Casa de ferreiro, o espeto é de pau" é equivalente a que a pessoa faz favores fora de casa, para os outros, mas não faz em casa, para si mesma.

Linguagem Padrão

Diferenças entre Língua Padrão, Linguagem Formal e Linguagem informal.

Língua Padrão: A gramática é um conjunto de regras que estabelecem um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas estabelecidas pela gramática normativa nem sempre são obedecidas pelo falante.

Os conceitos linguagem formal e linguagem informal estão, sobretudo associados ao contexto social em que a fala é produzida. 

Informal: Num contexto em que o falante está rodeado pela família ou pelos amigos, normalmente emprega uma linguagem informal, podendo usar expressões normalmente não usadas em discursos públicos (palavrões ou palavras com um sentido figurado que apenas os elementos do grupo conhecem). Um exemplo de uma palavra que tipicamente só é usada na linguagem informal, em português europeu, é o adjetivo “chato”.

Formal: A linguagem formal, pelo contrário, é aquela que os falantes usam quando não existe essa familiaridade, quando se dirigem aos superiores hierárquicos ou quando têm de falar para um público mais alargado ou desconhecido. É a linguagem que normalmente podemos observar nos discursos públicos, nas reuniões de trabalho, nas salas de aula, etc.

Portanto, podemos usar a língua padrão, ou seja, conversar, ou escrever de acordo com as regras gramaticais, mas o vocabulário (linguagem) que escolhemos pode ser mais formal ou mais informal de acordo com a nossa necessidade.

Não esqueça!!!

Muitos acham que linguagem informal é aquela em que usamos gírias, ISSO NÃO É VERDADE .... Podemos fazer uso da linguagem informal sem usar gírias. Por exemplo, quando digo: 

- A gente vai ao cinema Edu?

 “a gente” é informal  e “ Edu” , um apelido também indica um intimidade típica da linguagem informal.

Então, o que indica se a linguagem é informal ou não, não é apenas o uso de gírias, mas outros aspectos como o grau de intimidade, familiaridade entre os interlocutores (aquele que fala e aquele para quem se fala).

 

Aluno(a), agora acesse o link abaixo e assista ao vídeo, para fixar ainda mais os conteúdos desse módulo.

www.slideshare.net/portalc7s/variedades-lingusticas

Atividades

 Aluno (a), para realizar as atividades, você deverá ler todo o conteúdo do roteiro, pesquisar os links e assistir ao vídeo. Em seu caderno, copie as perguntas e responda-as. A seguir, leve-as até a sala de Português para que seja feita a correção pelo professor.

1) Após ler sobre literatura, assinale a alternativa incorreta.

A) A literatura é uma arte.

B) É um instrumento de comunicação.

C) Retrata as experiências vividas pelo homem e as mudanças ao longo dos séculos.

D) Nos textos literários, as palavras assumem significados iguais.

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 2) Após ler sobre funções da literatura, explique o que é literatura engajada.

 

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3) A divisão clássica dos gêneros literários é, desde a Antiguidade, feita em três grupos. Cite-os.

 

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4) Após ler e ouvir o vídeo sobre conotação e denotação, assinale a alternativa em que a palavra é empregada em seu sentido usual, comum (denotação).

A) Ela foi à estrela da festa.

B) Fiquei parada, meu coração aos pulos.

C) Este presente é para adoçar sua vida.

D) A canoa virou.

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Observe a tirinha abaixo, para responder à questão 5.

5) A língua portuguesa que falamos no Brasil não é igual em todo lugar. Nessa conversa, por exemplo, Chico Bento e Rosinha, por viverem no campo, falam o “dialeto caipira”, isto é, um português diferente daquele que é usado em outros lugares. Apesar disso, é possível compreender o que eles dizem?

Atenção, alunos! 

Você também pode responder as atividades por aqui! Envie as respostas e verifique seu e-mail para liberação das provas!